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Deus chamou Jeremias para uma missão relevante e difícil: ser profeta. Deveria convocar a nação a viver de forma certa e anunciar o juízo de Deus sobre ela. Qual é a reação de Jeremias diante desta missão? Como Deus o treinou para realizar esta tarefa? O que podemos aprender com Jeremias? São estas as questões que queremos responder nesta lição.
I. Alegando Incapacidade
Qual foi a reação inicial de Jeremias ao chamado de Deus para sua vida (v. 6)? Se alguém nos pede para fazermos algo e nós temos certeza que não somos aptos a fazê-lo, seria tolice aceitarmos tal tarefa, pois a situação ficaria embaraçosa. Mas Deus pediu a Jeremias que assumisse uma missão impossível para ele. Naturalmente ele recusou. Jeremias recusou o chamado para ser profeta. Com certeza nenhuma tarefa seria mais importante do que apresentar as verdades de Deus. Mas Jeremias recusou por dois motivos básicos: ele não se sentia qualificado e não tinha experiência para tal missão. “Ah! Soberano Senhor! Eu não sei falar, pois ainda sou muito jovem” (Jr 1:6). Existe um abismo entre nossa própria avaliação das nossas capacidades e o chamado de Deus. Nossos pensamentos sobre o que podemos ou desejamos fazer são triviais; os pensamentos de Deus a nosso respeito são grandiosos. O chamado de Deus para que Jeremias se tornasse um profeta é comparável ao chamado que recebemos para nos tornarmos pessoas diferentes e influentes no meio em que vivemos. As desculpas que apresentamos são pertinentes; muitas vezes são declarações de fato, mas de qualquer forma são desculpas e, como tais, são desaprovadas ou vetadas pelo nosso Senhor que diz: “Não diga que é muito jovem. A todos a quem eu o enviar, você irá e dirá tudo o que eu lhe ordenar. Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo” (Jr 1:7-8).
Como Deus renovou em Jeremias a confiança de que seria capaz de ser seu profeta (vs. 7 a 10)? O conforto que Jeremias recebe de Deus não parece muito animador para nós. Deus não nos envia para uma vida ativa porque somos qualificados, mas sim nos escolhe e nos capacita. Mesmo assim Deus deixa claro para o profeta que, se ele aceitasse seu chamado, a sua presença o protegeria e o sustentaria. Nesse diálogo, Deus mostrou duas visões a Jeremias (vs. 11 a 16). Qual o significado da visão nos versos 11 e 12? E qual o significado nos versos 13 a 16? Ambas as visões podem parecer estranhas para nós, mas cada uma delas comunicou algo vital e profundo para Jeremias.
2.1. Uma vara de amendoeira
Uma vara de amendoeira é primeira das visões. A amendoeira é uma das árvores que floresce mais cedo na Palestina. Antes de estender as folhas, flores brancas como a neve, desabrocham. Enquanto a terra ainda está sob o efeito gélido do inverno, surgem as flores da amendoeira, prenunciando a chegada da primavera. Portanto, é um sinal do que está por vir. É uma antecipação, é uma promessa. Deus afirma: “porque eu velo sobre minha palavra para a cumprir”. Estas palavras, como a flor da amendoeira, são promessas, uma antecipação do que está para acontecer. Deus promete a Jeremias que cuidará tanto dele quanto da mensagem que deve ser entregue. E as palavras de Deus são especiais. São promessas que sempre se cumprem. Ele realiza o que anuncia. Deus cumpre o que diz.
2.2. Uma panela de água fervente
A segunda visão é a de uma panela de água fervente. A panela encontrava-se inclinada de modo que a água fervente estava sendo derramada sobre o sul. Jerusalém estava diretamente no curso das águas. As nações ao norte de Israel estavam engendrando uma guerra contra os israelitas que, ao eclodir, iria inundar a terra com o mal. Judá iria sofrer as consequências. E isto estava relacionado com o juízo de Deus sobre a nação. A água fervente irá lavar a terra. O julgamento escaldante estava para acontecer porque o povo tinha abandonado o relacionamento de amor com Deus e se envolvido com rituais religiosos a deuses estranhos e vãs idolatrias (Jr 1.16). A guerra viria para interromper aquele modo de via inútil, tolo, impuro e indolente, obrigando-o a voltar seus olhos para o que é essencial e eterno. Embora a visão fosse negativa, a mensagem era positiva. Havia ali duas explicações reconfortantes para Jeremias: primeiro, o mal a caminho estava sob controle de Deus e, segundo, ele tinha limites. “O mal que retém sua poderosa garra sobre todos não é selvagem ou incontrolável; é um julgamento cuidadosamente ordenado por Deus, cujo comandante é Deus (...) O grande paradoxo do julgamento divino é que o maligno é utilizado como combustível no forno da salvação”, afirmou Eugene Peterson.
Conclusão
Jeremias foi constituído como profeta diante das nações (v. 5). E quanto a você, para que Deus o nomeou? Talvez não seja algo tão influente quanto o chamado de Jeremias, mas Deus tem uma aventura única e original para cada um de nós. Você pode ser uma testemunha viva do amor de Deus dentro de sua casa, no seu trabalho e em qualquer lugar onde você esteja. Muitas vezes somos levados a dizer não ao chamado de Deus, tentado justificar nossa incapacidade. Podemos dizer: sou muito jovem, sou um leigo, não tenho tempo. Quais razões você tem usado para resistir ao chamado de Deus para sua vida?
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