O plano das Escrituras para a vida de um cristão é duplo: primeiro, que sejamos instruídos na Lei para amar a retidão, porque por natureza, não estamos inclinados a fazê-lo; segundo, que aprendamos umas regras simples porém importantes, de modo a não desfalecermos nem nos debilitarmos em nosso caminho. Das muitas recomendações excelentes que a Escritura faz, não há nenhuma melhor que este princípio: “Sede santos porque Eu Sou Santo”. Quando andávamos espalhados como ovelhas sem pastor, e perdidos no labirinto do mundo, Cristo nos chamou e nos reuniu para que pudéssemos nos voltar a Ele. Ao ouvir qualquer menção de nossa união mística com Cristo, deveríamos recordar que o único meio para desfrutá-la é a santidade. A santidade não é um mérito por meio do qual podemos obter a comunhão com Deus sem um dom de Cristo, o qual nos capacita para estarmos unidos a Ele e segui-Lo. É a própria glória de Deus que não pode ter nada a ver com a iniqüidade e a impureza; portanto, se queremos prestar atenção à sua exortação, é imprescindível que tenhamos este princípio sempre presente. Se no transcurso de nossa vida queremos seguir vinculados aos princípios mundanos, para que então fomos resgatados da iniqüidade e da contaminação deste mundo? Se desejamos pertencer a Seu povo, a santidade do Senhor nos admoesta a que vivamos na Jerusalém santa de Deus. Jerusalém é uma terra santa, portanto, não poder ser profanada por habitantes de conduta impura. O salmista disse: “Senhor, quem habitará em teu tabernáculo? Quem morará em teu monte santo? O que anda em integridade, faz justiça e fala a verdade em seu coração”. O santuário do altíssimo deve manter-se imaculado.
João Calvino
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